Trombose e Viagens de Longa Duração

Quando falamos sobre trombose e viagens longas, especialmente feitas de avião, o maior problema é a desinformação ou esquecer de tomar os cuidados básicos. A trombose pode evoluir para Embolia Pulmonar, que em alguns casos pode ser fatal ou pode trazer complicações graves para sua vida. 

Problema!

Meu grande amigo E. M. S, de 54 anos, fez uma longa viagem internacional no começo deste ano de 2020. Teve que retornar às pressas por conta do falecimento de seu pai. Provavelmente por conta do stress momentâneo, não tomou as medidas usuais para evitar a trombose e um ou dois dias depois que chegou no Brasil, foi internado. Felizmente teve um atendimento rápido e uma boa evolução.

Com o aumento do número de vôos regulares, casos como o do meu amigo se tornaram mais frequentes. Aumentaram o número de passageiros nos aviões, aumentando assim a incidência de doenças específicas, entre elas a Trombose Venosa Profunda, ou TEV (Trombo Embolismo  Venoso) como é mais conhecida atualmente. A TEV engloba a Trombose e a Embolia Pulmonar. O meu amigo desenvolveu os dois.

Quando falamos sobre trombose e viagens longas, especialmente feitas de avião, o maior problema é a desinformação ou esquecer de tomar os cuidados básicos. A trombose pode evoluir para Embolia Pulmonar, que em alguns casos pode ser fatal ou pode trazer complicações graves para sua vida. 

Pequenas atitudes são eficazes e por isso te convido a ler o texto abaixo.  

 

Existem medidas para evitar, porém é necessário conhecer, os dois fatores de risco envolvidos. 

Fatores de Risco

1- Por que viagem de avião é mais perigosa? 
  • Hipóxia – o avião tem um aumento de pressão atmosférica 
  • Ar seco –  ar condicionado seca o ar, gerando mais perdas de líquidos, predispondo a desidratação 
  • Posição sentada  os assentos cada vez com menos espaços, dificultando a movimentação das pernas. 
  • Tempo de vôo – risco aumentado após 3 horas de duração, aumentando em 26% a chance de um TEV a cada duas horas 
2- Risco Pessoal 
  • Tabagismo
  • Hormônio: Uso de anticoncepcional, reposição hormonal ou gravidez
  • Sobrepeso ou Obesidade 
  • Cirurgias recentes: menos de 30 dias de pós operatório
  • Câncer ativo 
  • Trombofilias

Como Prevenir?

Hidrate-se: Mesmo com medidas adotadas pela companhia de aviação, como a umidificação do ar seco, a hidratação é um fator indispensável, pois facilita a circulação dos fluidos. 

Evite bebidas que desidratam: Evitar ingestão de álcool é a medida principal. Além de causar desidratação, pode gerar sonolência que diminuirá a movimentação das pernas. Café e chás também oferecem risco. 

Movimente-se: A recomendação é faze00r exercícios de alongamento e caminhada a cada 2 horas.

Meias Elásticas e Medicamentos podem ser utilizados, porém sempre orientado por um Cirurgião Vascular .

Dica exclusiva para quem tem fatores de risco associados: Além das medidas de prevenção, escolha o seu assento no corredor. Existem trabalhos que mostram menor incidência de TEV em quem escolhe estes assentos, provavelmente por facilitar maior mobilização. 

agua alongamento

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Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

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Vídeo explicativo sobre Trombose e Viagens