Edema de Membros Inferiores

Apesar do termo “edema” se aplicar à inúmeras condições, na perspectiva da maioria das pessoas significa basicamente uma coisa: problema de circulação.  

Gostaria de abordar neste artigo um pouco das causas de edema para conhecimento geral, mas o foco principal será edema e calor. Porque tantas pessoas estão sofrendo neste verão de 2020 com esta associação e o que poderia ser feito para aliviar. 

O que é edema? 

Edema é a presença de líquido (basicamente água) excedente em determinado local do organismo. São locais em que comumente há a presença de líquido em pequenas quantidades, mas quando ocorre uma quebra do equilíbrio, por diversos fatores, resulta em um extravasamento de água, formando assim o edema. 

 

Como saber se estou com edema? 

Para saber se algum inchaço no seu corpo é edema, basta pressionar os dedos no local. Se ficar uma marca, pode ser sim sinal de retenção. 

Somente problema de Circulação causa inchaço nas pernas? 

A má circulação realmente pode ser uma causa importante de edema de membros inferiores, mas existem muitas outras condições que podem desencadear ou até mesmo contribuir para a formação do edema. Isto complica um pouco, porque seria mais fácil entender e conduzir causas únicas, como um edema causado somente por varizes, mas muitas vezes existe uma associação de varizes com problemas de coração, rim, calor, etc… Mas não se preocupe, existem especialistas que são capazes de colocar cada coisa no seu lugar! 

Causas de Edema 

O desequilíbrio dos fluidos geralmente acontece de formas semelhantes em qualquer condição, mas a causa, isto é, o que está por trás do edema deve ser sempre pesquisado, pois somente assim o tratamento será eficaz. 

Problemas Sistêmicos na causa do edema 

Problemas sistêmicos nada mais são alterações que ocorrem no corpo e que afetam as pernas. Mas por que as pernas? Devido à lei da gravidade. Andamos com os pés. Existe uma diferença de pressão que é menor na cabeça e pior nos pés. Por isso, para melhorar o edema recomendamos elevar as pernas, diminuindo a pressão em relação ao corpo.  

Edema e o desafio da Lei da Gravidade

Vamos detalhar um exemplo que ocorre no coração?

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Insuficiência Cardíaca: Quando o coração não bombeia a quantidade de sangue suficiente, o corpo terá menos sangue à disposição e com isso, menos água. O rim entende então que precisa economizar água e deixa de eliminá-la através da urina. No caso da insuficiência cardíaca, na verdade a falta não é de sangue. O coração está simplesmente trabalhando mais devagar. Com isso, o rim retém uma quantidade excedente de água, que fica represada e, aos poucos, provoca aumento da pressão nestes locais. Com o excesso, esta água precisa ser redistribuída, e para onde ela vai? Para as pernas, seguindo novamente a lógica da lei da gravidade. A água atravessa a parede do vaso e fica alojada entre as células.

Outras causas sistêmicas que causam edema: 

Anemia, Hipotireoidismo, Gravidez, Insuficiência Muscular (falta de atividade física), Hipoproteinemia (desnutrição), alguns reumatismos, Hipertensão descontrolada, TPM, Insuficiência Renal, Insuficiência Hepática. 

Medicamentos que podem causar edema:  

Anti-hipertensivos – anlodipino 

Anti-inflamatórios em geral 

Esteroides 

– Antidiabéticos – tiazolidinedionas (Glitazonas) 

  

Estes edemas por serem sistêmicos têm duas características: são uniformes e bilaterais. Prestem bem atenção quando este edema estiver associado aos seguintes sintomas:

1- Dispneia (falta de ar) 

2- Dificuldade de dormir: deita e sente desconforto 

3- Cansaço excessivo 

4- Dor no peito 

5- Palpitações 

6- Inchaço pela manhã na face 

Sempre que tiver edema de membros inferiores, procure um médico para investigar a causa, especialmente quando um destes sintomas acima estiver associado. 

Edema Uniforme e Bilateral

Edema Unilateral 

Por ser somente em uma das pernas, não pode ser considerado sistêmico, visto que a outra perna também faz parte do corpo. Causas de edema unilateral podem ser agudas ou crônicas. As agudas devem ser investigadas imediatamente. 

A causa de um edema unilateral passa pelo âmbito local, setorizado. Algo que aconteceu ou está acontecendo no próprio membro. Ocorre porque existe uma dificuldade da drenagem do sangue que pode ser obstrutivo, como a trombose ou um tumor; ou insuficiências como erisipela, linfedema ou até varizes.

Causas de Edema Unilateral

1- Trombose Venosa Profunda – Formação de um coágulo dentro de uma veia das pernas que impede a circulação do sangue. Este represamento causa extravasamento de líquidos no espaço intersticial gerando edema. Associa-se, em alguns casos, dor e escurecimento do membro. Pode ser extremamente grave se este coágulo se desprender, provocando Embolia Pulmonar. Portanto procure socorro médico imediatamente. 

2- Erisipela: Infecção aguda dos vasos linfáticos ocasionado geralmente por uma bactéria (estreptococos). Necessário uma porta de entrada para ocorrer a infecção. Precisa de uma avaliação rápida pois pode evoluir para bolhas e até necrose. Pode ter recidivas e a cada recidiva ocorre uma perda de vasos linfáticos podendo o edema se manter cronicamente. 

3- Linfedema – insuficiência no sistema linfático, gerando acúmulo de liquido. Pode ser congênito ou secundário. O secundário pode ser após episódios de erisipelas, retirada de linfonodos como na cirurgia de mastectomia, obstrutivos ou como evolução de algumas doenças como lipedema e filariose) 

4- Linfangite não infecciosa: processos inflamatórios ocasionados por agentes externos como exposição à produtos químicos, como de limpeza. 

5- Tumor Obstrutivo: Tumor geralmente abdominal que cresce até comprimir uma veia importante dificultando o retorno venoso com consequente extravasamento para o espaço intersticial. 

6- Traumas recentes ou antigos – traumas podem evoluir com sequelas, como em uma fratura ou entorse no tornozelo. O mecanismo de edema no trauma pode ser por: lesão de vasos linfáticos, trombose como complicação, insuficiência muscular ocorrido pela atrofia muscular ou inflamatória por desestabilidade das estruturas. 

7- Edema compensatório – problemas na perna que dificultam a marcha, como AVC prévio. Problemas de coluna ou sequelas da perna que atrofiam a musculatura podem ocasionar edema. 

8- Varizes – as varizes são uma das grandes causas de edema. Veias dilatadas e com refluxo por causa de válvulas insuficientes geram grande quantidade de liquido ao longo de um dia. Ao final da tarde é possível enxergar facilmente, com queixas de peso, dor e um cansaço extremo. 

Mas e o Calor? Como causa o edema? 

Para quem sofre com inchaço nas pernas, sabe muito bem o peso que o calor representa. Mas por que o calor tem esta influência tão grande? A explicação aparentemente é simples: 

Quando existe um aumento da temperatura externa, a temperatura interna (corporal) também aumenta. Para equilibrar a temperatura do corpo, o cérebro, através do complexo hipotálamo-hipófise, manda uma mensagem para os vasos periféricos dilatarem, e com isso, há a perda de calor para o exterior.  

Só que pelo ortostatismo (ficar em pé), a pressão aumenta nas regiões da perna e favorece o extravasamento de líquidos para o interstício, ocorrendo o edema. 

Outros mecanismos simultâneos estão presentes para manter a temperatura corporal por volta de 36° e explicam outros sintomas associados ao calor, como o suor para diminuir a temperatura, que pode ocasionar desidratação, levando ao organismo reter água e sal contribuindo também para o edema. 

 

Imagem da Wikipedia

Por conta da desidratação e vasodilatação, a pressão arterial cai e a oxigenação cerebral diminui em decorrência da queda de pressão. Todo este mecanismo interno acontecendo durante o calor explica outros sintomas comuns como letargia, dor de cabeça e indisposição. 

Temperaturas externas por volta de 41°C podem gerar sintomas ainda mais intensos e risco à saúde. Na tentativa constante em manter o equilíbrio da temperatura corporal, o corpo entra em estresse, ficando sujeitos à danos cerebrais, desde crises convulsivas à isquemia cerebral. 

Outra atenção ao calor excessivo deve ser dada aos processos infecciosos, pois ocorre uma inibição de proteínas que auxiliam a ação das células de defesa.

Como aliviar o edema no calor? 

“A Chave para aliviar o edema é entender que não se trata de um problema local e sim global com fatores externos, internos e individuais”  

  1. Hidratação

Parece um paradoxo, mas a ingestão de, ao menos, dois litros de água por dia é essencial. Ela evita a desidratação e regula a temperatura corporal. No calor excessivo deve-se extrapolar esta quantidade o máximo possível. 

  1. Exercícios físicos

Praticar atividades físicas é tão importante quanto beber água. A atividade física regular estimula o metabolismo, aumenta a força muscular e ativa a circulação. Porém atente-se ao horário da atividade (prefira primeiros horários da manhã) no calor excessivo e nunca pratique sem consumir muita água, pois pode levar o corpo a um nível de estresse que piora o edema. 

  

hidratação
  1. Alimentação
 

Uma dieta funcional tem importante ação para evitar o edema. Dê preferência a alimentos anti-inflamatórios, com baixo teor de sódio e que estimulem a diurese. Como a base da dieta funcional é o equilíbrio, ela é personalizada e adequada para suas necessidades. Alimentos leves e consumidos em pequenas quantidades durante o dia ajudarão a não sobrecarregar o corpo.  

Dieta Funcional

O termo “funcional” aplica-se por restabelecer o equilíbrio entre os sistemas orgânicos gerado pelo nosso estilo de vida, em todos os âmbitos, e com isso reduzir os riscos de doenças e melhorar nossa performance diária. 

Quando mencionado acima os sistemas orgânicos e sua interrelação, engloba a fisiologia, fatores emocionais, cognitivos e aspetos estruturais individuais.  

Objetivamente, aplica uma conduta singular para manter ou restabelecer o equilíbrio funcional e nutricional e estimular o organismo a modular respostas frente a diferentes fatores que possam desencadear desequilíbrios e doenças. 

Atualmente o cuidado na alimentação, vai além do bem estar físico, envolve fatores como stress, alterações emocionais, poluição e substâncias industrializadas. 

A nutrição funcional avalia e interfere itens como disbiose (desequilíbrio da microbiota intestinal), intoxicação endógena e exógena (processo de desintoxicação), de hipersensibilidades alimentares, do equilíbrio ácido-base e de infeção fúngica. 

A sugestão alimentar sempre é individualizada e equilibrada em macronutrientes, micronutrientes e compostos bioativos. Quando necessário, são prescritas suplementações nutricionais. 

Dentro desta perspectiva, sabendo das inúmeras interconexões metabólicas, quero destacar o coração desta proposta que é o indivíduo, no qual os aspetos mentais, emocionais e espirituais influenciam sobremaneira o equilíbrio de todos os sistemas orgânicos.  

  1. Drenagem linfática

A terapia linfática ajuda a ativar e empurrar os líquidos através dos vasos linfáticos, melhorando a circulação sanguínea. A linfa é um líquido formado através da limpeza sanguínea de impurezas e desempenha papel imunitário, juntamente com os anticorpos do sangue. A drenagem vai ajudar a retirar o excesso de líquidos que pode se acumular nos membros inferiores. 

 

  1. Meia elástica 

No verão pode ser um pouco incômodo, e geralmente utilizada somente em casos com alterações vasculares associadas, viagens e prevenção de cirurgias. A meia elástica contribui muito para a redução do edema e pode ser utilizada em casos selecionados. Ela não deve ser colocada com a perna inchada e se colocada de forma incorreta pode piorar o edema pelo garroteamento 

 

  1. Medicamentos 

Os flebotônicos, são facilitadores da circulação sanguínea pelos vasos. Existem vários no mercado e sempre deve ser prescrito por um médico. Utilizados para pessoas com problemas vasculares venosos e eventualmente para ativar a circulação e com isso redução do edema. 

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

Complicaçoes em Cirurgia de Varizes

Medo de Cirurgia de Varizes? Medo 2: Complicações

Imaginar todas as tragédias que poderiam acontecer em uma cirurgia, não só na de varizes, é algo que tem atemorizado e, em alguns casos, apavorado muitas pessoas. Quem não conhece algum caso marcante de alguém próximo ou distante? Todo mundo parece guardar muito bem estas histórias mal sucedidas. Episódios que, no imaginário, se transformam em cena de terror e acabam sendo usados como justificativa interna para adiar o máximo possível a decisão de enfrentar um centro cirúrgico.

Não importa se o procedimento é a retirada de um pequeno cisto ou a revascularização do coração. O pavor toma conta e impede não somente a realização de uma cirurgia, como a possibilidade de enxergar racionalmente o grau de gravidade de cada procedimento. O grande problema é quando este medo compromete a saúde, evitando um tratamento que poderia melhorar a qualidade de vida. 

Na minha especialidade, conheço, infelizmente, histórias que com o passar do tempo tiveram uma evolução nada favorável justamente por conta do medo prévio que foi alimentado. Por outro lado, tenho inúmeros relatos de clientes que realizaram cirurgia somente depois do problema vascular ter se tornado insuportável. No final, invariavelmente todos se perguntaram por que esperaram tanto tempo, já que o procedimento aconteceu de forma totalmente diferente do imaginado. 

Vamos então falar sobre as possíveis complicações na Cirurgia de Varizes?

A cirurgia tem risco?

Sempre uso um exemplo quando falo com quem está diante de mim e faz esta pergunta.  

“Ao atravessar uma rua existe o risco de acontecer algo? Sim, existe, mas na grande maioria das vezes, mesmo tomando atitudes que pode colocar nossa vida em risco, não nos acontece nada. Não é assim com a cirurgia de varizes, em todos os casos fazemos tudo para uma travessia tranquila, olhamos para os dois lados, usamos as faixas de pedestres e ficamos atentos em todo o percurso.” 

Medo 1 - Anestesia x Cirurgia de Varizes

Quais são estas medidas utilizadas na Cirurgia de Varizes?

Existe um protocolo especial para a cirurgia de varizes. Este protocolo é chancelado pela Sociedade de Cardiologia e Anestesia. Todo cliente que será submetido a este procedimento tem que passar por ele. 

Caminho seguro para uma Cirurgia de Sucesso 

1- Exames de Sangue: 

Todos sem exceção realizam exames de sangue para avaliar coagulação, anemia, contagem de células, nível de açúcar no sangue e também como está o funcionamento dos rins. Em alguns casos pode existir a necessidade de algum outro exame complementar, mas avaliado caso a caso. 

2- Risco Cardiológico: 

Indicado a todos que têm mais de 35 anos ou independentemente da idade se apresentar hipertensão ou doenças cardiológicas. Durante esta avaliação, é realizado uma história completa sobre sua saúde, exame físico e um eletrocardiograma (ECG). Após esta avaliação inicial, indicará a necessidade ou não de outros exames complementares como Ecocardiograma, Teste de esforço, MAPA… Por fim, emitirá uma carta com todos dados avaliados e a classificação de risco cardiológico, juntamente com possíveis orientações. Quando o risco é diferente do menor, isto é, risco 1, um contato direto com o cardiologista é feito para discutir o risco. 

 

3- Avaliação Anestésica:  

Geralmente realizada poucos dias antes do procedimento, o anestesista reúne todos os exames e avalia também o risco anestésico. Neste dia, é possível também tirar todas as suas dúvidas sobre o seu caso e sobre o que tipo de anestesia se aplica melhor. Todo ato anestésico será explicado desde o momento da internação até o pós operatório. . 

4- Marcação da Perna: costumo dizer que este é o dia mais importante, onde o mapeamento das varizes é feito detalhadamente, mas também onde eu analiso todas as avaliações feitas, exames de sangue, ultrassom. Todas as suas dúvidas devem estar sanadas.  

Acredito que o conhecimento de todos os passos é fundamental para que o medo seja trocado por confiança e certeza do sucesso. 

Poderá existir ainda, alguma questão, principalmente por pessoas próximas que resolvem contar algum procedimento que deu errado, mesmo que já tenha abordado sobreo o assunto. Dúvidas de complicações como infecção, trombose e até risco de morte não podem dar lugar ao imaginário fictício.  

Marcação de pernas detalhadas

Portanto segue algumas informações importantes sobre este assunto: 

INFECÇÃO

Algumas orientações são feitas antes da cirurgia, como banho antes da cirurgia (limpeza em algumas áreas específicas como unhas, axilas e região inguinal). Entendendo a responsabilidade de alguém que confia as suas pernas para mim, todo processo durante a sala cirúrgica é monitorado por mim. Internação rápida de algumas horas e antibiótico profilático em casos selecionados garantiram uma taxa muito próxima de zero ao longo destes mais de 15 anos como especialista.

HEMATOMAS

Pouca dor é esperada no pós operatório de varizes, principalmente quando é somente microvarizes ou realizada a técnica com Laser. As safenectomia convencional é a que mais pode ter dor no pós operatório. Porém, como dito anteriormente, técnicas (Infusão de líquidos e Taping) foram adicionadas para reduzir os hematomas e consequentemente a dor e edema.  

Com toda esta evolução, a grande maioria se quer utiliza analgésicos ou anti-inflamatórios. 

DOR

Hematomas são comuns na cirurgia de varizes. Felizmente tem boa evolução e são absorvidos em até 30 dias. Mesmo com esta boa evolução, sempre existiu uma procura por métodos que reduzissem os roxos no pós operatório. Desde 2013 já utilizo uma técnica com infusão de líquidos ao redor da veia que mudou completamente os hematomas depois da cirurgia. Mesmo com esta melhora significativa, uma outra técnica foi associada recentemente, o Taping.  Consiste em fitas elásticas que são aplicadas após a cirurgia que reduzem os hematomas e ajudam em uma melhor drenagem.

Taping Trans - Operatório (reduz edema, hematoma e dor)

TROMBOSE

Eventos Tromboembólicos Venosos (TEV) sempre devem ser considerados; em qualquer cirurgia.  Por isso, deve ser feita uma investigação e orientação antes de qualquer procedimento. Na Cirurgia de Varizes, não é diferente. Em toda cirurgia de varizes é realizado anticoagulação profilática, e em alguns casos pode inclusive ser estendido por mais alguns dias. Orientações de interrupção do tabagismo por pelo menos 3 semanas e do anticoncepcional por 30 dias são fundamentais. Outra medida que naturalmente é realizada, é a utilização de meias elásticas compressivas que já são colocadas no próprio centro cirúrgico e a deambulação precoce. 

Todas estas medidas garantem taxas menores que 1% de TEV, tornando a cirurgia de varizes com baixos índices para trombose. 

MORTE

Na especialidade de Cirurgia Vascular existem doi tipos de procedimento cirúrgico, arteriais e venosos. Os arteriais, geralmente procedimentos complexos e com associação de comorbidade que levam a um maior risco. Os venosos, que compreendem na sua grande maioria a cirurgia de varizes, é o contrário; procedimentos não são complexos e com uma menor associação de comorbidades. 

Mesmo assim, os procedimentos arteriais possuem uma taxa de mortalidade por volta de 1%, que é considerado relativamente seguro.  

Importante esta consideração, pois a cirurgia de varizes possui um índice de quase ZERO %, a não ser em fatalidades, ou quando não respeita o que foi falado acima sobre o caminho seguro para um procedimento de sucesso. 

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

Trombose x Covid – 19

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Qual a relação entre Trombose e o Covid –19?

Muitos pacientes, e também seguidores das minhas mídias sociais, têm me perguntado sobre a associação entre Covid e Trombose, tema amplamente divulgado pela imprensa do Brasil e do mundo nos últimos mesesAs perguntas são diversas. Recebo desde curiosidade em relação ao tema até mensagens de pessoas que tiveram trombose recentemente e ainda estão em tratamento com anticoagulantes ou de outras que já finalizaram a medicação

A Trombose por si só tem gerado medo na população. Quando se pensa na possibilidade deste mal vir associado ao coronavirus, tenho percebido que o assunto é capaz de desencadear pânico. 

Meu intuito aqui é combater o primeiro grande vilão: a desinformação. Por isso tentarei explicar de uma forma simples qual a relação entre estas duas doenças e como agir diante deste desafio mundial que se instalou no Brasil desde março de 2020.  

Trombose

Trombose é a formação anormal de um coágulo dentro dos vasos veias ou artérias). De acordo com o médico Rudolf Virchow, isto pode ocorrer por três fatores: lesão da parede do vasoestase venosa e hipercoagulabilidade 

Trombose na artéria: 

As artérias são responsáveis por levar oxigênio e nutrientes para as  as células de todo o corpo. Para cumprir esta função, o sangue é bombeado pelo coração para  os orgãos. Uma trombose na artéria, quando presente,  obstrui esta passagem e ocasiona a isquemia. A isquemia por sua vez,   gera hipóxia ( falta de oxigênio). Como falta oxigênio e nutrientes, as células deste local sofrem e podem necrosar. Isto é o que ocorre na  trombose arterial. 

A trombose recebe diferentes nomes, de acordo com a região do corpo atingida:

1- Coração – Infarto Agudo do Miocárdio ( IAM) 

2- Pulmão – Embolia Pulmonar (TEP) 

3- Cérebro – Acidente Vascular Cerebral ( AVC) 

4- Membros – Tromboembolia (OAA) 

5- Intestinos – Isquemia Mesentérica 

Trombose na veia: 

 as veias são responsáveis por levar de volta o sangue que a artéria trouxe para a célula. A formação de um coágulo dentro da veia chama-se Trombose Venosa Profunda ( veias profundasou Tromboflebite (veias superficiais). Este tromboentão, impede o retorno do sangue e vai se acumulandoaumentando a trombose e represando o sangueocasionando dorinchaço e vermelhidão. maior problema deste coágulo é quando ocorre o seu desprendimento, levado- o até o pulmãoocasionando com isso a Embolia Pulmonar

Covid – 19 (Corona Vírus Disease) 2019

Covid – 19 é uma infecção ocasionada pelo vírus coronavirus SARS-CoV-2)  Tem este nome pois se parece com uma coroa. Inicialmente identificado em  uma feira de Wuhan na China, foi transmitido pessoa a pessoa, alcançando o  mundo.       

O virus, em contato com uma pessoa, pode desenvolver ou não o Covid. Isto depende basicamente de dois fatoresuma suscetibilidade pessoal e a imunidade 

Desenvolvendo o Covid,  um espectro clínico variando de infecções assintomáticas à quadros graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a maioria (cerca de 80%) dos pacientes com COVID-19  podem ser assintomáticos ou oligossintomáticos (poucos sintomas), e aproximadamente 20% dos casos detectados requer atendimento  hospitalar por apresentarem dificuldade respiratóriados quais   aproximadamente 5% podem necessitar de suporte ventilatório.

 

vírus tem predileção pelas vias aéreasmas também pode atingir outros   orgãos como o trato gastro intestinal, muscular vasos sangíneosNas vias   aéreas produz sintomas gripais leves até pneumonias, caracterizando uma   inflamação que aparece nos exames de tomografia como vidro fosco

 Sintomas mais comuns :

Padrão em vidro fosco na Tomografia
  • Febre, que pode estar presente no momento do exame clínico ou referida pelo paciente (sensação febril) de ocorrência recente. 
  • Sintomas do trato respiratório (por exemplotossedispneiacorizador de garganta) 
  • Outros sintomas consistentes incluindomialgiasdistúrbios gastrointestinais (diarreia/náuseas/vômitos), perda ou diminuição do olfato (anosmiaou perda ou diminuição do paladar (ageusia). 
  • Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nesta síndrome o indivíduo apresenta-se em franca dispneia/desconforto respiratório/dificuldade para respirar com saturação de oxigênio (O2) menor do que 95% em ar ambiente ou coloração azulada dos lábios ou rosto (cianose) ou ainda queixa de pressão persistente no tórax. 

 

Trombose x Covid –19

Como salientado anteriormente, existem diferentes espectros clínicos da Covid – 19. Em casos mais graves ( 20% dos infectados) ocorre um processo inflamatório intenso (tempestade de citocinas) com consequente ativação plaquetária, disfunção endotelial e estase. Nestes casos mais graves existe uma maior tendência a desenvolver trombose.

Existe algum exame para detectar estes casos mais graves?

O D-dímero é um marcador indireto da geração de trombina, estando aumentado em situações de ativação da coagulação. Alguns autores observaram que a piora clínica e radiológica dos pacientes foi marcada pelo aumento expressivo do D-dímero, o que pode representar uma interação cruzada entre inflamação e coagulação: a inflamação induz a coagulação que, por sua vez, acentua o processo inflamatório. 

Esta inflamação intensa geralmente ocorre por volta de dez dias de infecção. Portanto, um médico deve sempre estar acompanhando a evolução, e qualquer alteração deve ser informada.  

Orientações para casos leves acompanhados em casa

1- Alimentação leve e saudável (e preferência uma alimentação anti-inflamatória) 

2- Hidratação intensa: 2-3 litros de água por dia 

3- Movimentação constante: alongamentos e caminhadas leves 

4- Atentos à evolução dos sinais e sintomas: em relação à trombose, alteração de coloração de dedos e membros e edema. 

Existe Prevenção para casos Graves?

Anticoagulação profilática na Covid-19 

 

  • Os pacientes hospitalizados com Covid 19 devem ser avaliados regularmente com plaquetometriacoagulograma,             fibrinogênio e D-dímeroalém de Doppler venoso de membros inferiores a cada 4 -5 dias (ou na suspeita de trombose           venosa profunda);       
  • Anticoagulação profilática deve ser considerada em todos os pacientes internados com Covid- 19, mesmo aqueles não críticos,      na ausência de contraindicação, devendo ser mantida durante todo o período de hospitalização; 

 No momento da alta hospitalar, pode considerar manter a anticoagulação profilática em domicílio para casos selecionados. A heparina de baixo peso molecular é a droga de escolha e parece ter papel nos dois processos (efeitos anticoagulante e anti-inflamatório). 

Referência Bibliográfica:

Ministério da Saúde – https://coronavirus.saude.gov.br/ 

OMS – https://www.who.int/ 

Orsi, Fernanda Andrade, et al. “Guidance on Diagnosis, Prevention and Treatment of Thromboembolic Complications in COVID-19: a position paper of the Brazilian Society of Thrombosis and Hemostasis and the Thrombosis and Hemostasis Committee of the Brazilian Association of Hematology, Hemotherapy and Cellular Therapy.” Hematology, Transfusion and Cell Therapy (2020). 

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

Covid – 19

Atualização diária do Covid -19 no Brasil e no Mundo

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Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

Sente Medo de Cirurgia de Varizes? Anestesia

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Medo de Cirurgia de Varizes? Medo 1: Anestesia

Talvez um do maiores medos que envolve a Cirurgia de Varizes, a anestesia é um vilão criado principalmente por más informações 

Durante minha residência médica em São Paulo, há 20 anos, escutei inúmeras vezes dos pacientes a queixa de que a anestesia aplicada na cirurgia tinha sido muito forte. Outros nem chegavam a operar. De cara declinavam com base no seguinte argumento: “não posso operar por causa da anestesia”. Porém, até hoje, de alguma forma, estas mesmas afirmações ecoam na mente da população.

Para abordar este tema, vou recorrer à minha experiência de mais de 15 como especialista na área de Cirurgia Vascular – concluí a residência no início de 2003. Com certeza, já realizei mais de 10.000 procedimentos cirúrgicos venosos. Participei ativamente da evolução da anestesia como um todo, inclusive nas cirurgias de varizes.

Antigamente era necessário ficar um a dois dias no hospital. Um dos motivos era justamente a anestesia. Felizmente muita coisa mudou.

Quais os tipos de anestesia para Varizes?

Antes de especificar os tipos, vale enfatizar que em todas as cirurgias de varizes ocorre a sedação. Isto significa que durante todo o procedimento, tanto anestésico quanto cirúrgico, o cliente estará tranquila e quase todo tempo, dormindo 

1– Local   após a sedação,  é realizado uma infusão nas áreas        marcadas de uma solução de Klein (mistura de substâncias  com anestésico).  Isto garante a diluição da anestesia com aumento da potência, da segurança e agrega a possibilidade de fazer grandes áreas, usando apenas esta solução. Outro ponto positivo é a analgesia pós operatória que esta solução produzchegando até a 18 horas. Geralmente o paciente está apta para receber a  alta hospitalar assim que acordar, dependendo apenas da quantidade de veias retiradas.

2- Raquidiana – Anestesia aplicada também logo após a sedação. A cliente poderá estar  sentada ou de lado. É realizada, de forma bastante criteriosa, a assepsia das costas e uma agulha do tamanho de um fio de cabelo    é inserida no espaço subaracnoideo.

 Uma quantidade muito pequena de anestésico é suficiente para bloquear toda a parte inferior do corpo.  

Outro fator importante a  ressaltar é  que houve, ao longo dos anos, uma diminuição    significativa do tamanho da agulha e também do formato ( ponta em lápis), que diminuiu significativamente o risco da famosa cefaléia pós requi. Não me lembro a última vez que isto aconteceu com meu paciente ou com o paciente de um colega.         

Agulha ponta de lápis - separa as estruturas ao invés de cortar

3- Geral ou Peridural- modalidades menos comuns, são somente utilizadas quando as anteriores têm alguma contra indicação ou associada à algum outro procedimento. 

Quanto dura o Tempo Anestésico?

Aqui abordaremos outra grande evoluçãoAntes da cirurgia, a equipe de anestesia monta um protocolo. Uma avaliação pré anestésica é realizada com várias finalidadeschecar os examesavaliar a necessidade de alguma avaliação de outra especialidade,  determinar o melhor tipo de anestesia e, principalmente, explicar e tirar todas as dúvidas do paciente. 

Em seguida, é emitida uma carta que será recepcionada pelo anestesista responsável no dia do procedimento. Neste dia, inicia- se  a medicação pré anestésica  antes de entrar no centro cirúrgico. O intuito é manter o paciente calmo e tranquilo para então encaminhá-lo ao centro cirúrgico.

Do início ao fim, geralmente de 4 a 10 horasos sinais vitais sempre são medidos. E aqui não estou falando somente de pressão arterial, frequencia cardíaca e temperatura. Os aparelhos também evoluíram significativamente com a introdução de monitores multifuncionais com controle total do procedimentoNão existe mais aquela máxima de tirar esmalte para ver a oxigenação das unhas, por exemplo. 

Cirurgia de varizes alta para casa no mesmo dia

Conclusão

Mesmo em anos remotos, a cirurgia de varizes  era considerada uma das mais seguras. A cada dia ela incorpora novos protocolos para segurança e confiança da equipe médica, mas principalmente visando a segurança total do paciente 

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

Trombose e Cirurgias

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Trombose em Pós Operatório

Eventualmente precisamos passar por algum procedimento cirúrgicoNão importa se é eletivourgência ou emergência; se o procedimento é estéticoreparador ou funcional. Todos os procedimentos oferecem algum riscobaixo ou alto para o aparecimento da Trombose. Portanto é de suma importância conhecer quais são os riscos, e mais importante ainda, saber como preveni-los. 

A Trombose

Rudolph Virchow (1884) propôs que a trombose era o resultado de ao menos um de três fatores etiológicos: lesão vascular endotelial,  estase de fluxo sanguíneo e hipercoagulabilidade sanguínea 

tromboembolismo venoso (TEV), é uma das causas mais comuns no pós operatório e a causa de óbito hospitalar mais evitável  no pós-operatórioEngloba duas complicações principaisTrombose Venosa Profunda (TVP) e Trombo Embolismo Pulmonar (TEP). A TVP (trombose)  pode ocorrer em qualquer local do sistema venoso, mas a maioria se inicia nos membros inferiores. O TEP (Emboliaocorre como consequência da   TVP,  onde o coágulo formado se desprende e chega ao pulmão causando uma    obstrução que pode ser fatal. 

Todas cirurgias em geral podem algum tipo de risco para TEV,mas os traumas, Cirurgias de Urgência e alguns tipos de cirurgias eletivas tem risco aumentado. 

Cirurgia Geral
19%
Neurocirurgia
24%
Traumas
59%
Prótese de Quadril
61%

Outros fatores de risco podem se somar e sempre devem ser analisados para determinar o grau do risco para a cirurgia proposta. Se existe uma história familiar de tev na família aumenta em 2,9 vezes, o uso de anticoncepcional pode aumentar até 4 vezes e  Caprini desenvolveu um formulário que extratifica e conduz a profilaxia a ser utilizada no perioperatório.

Tabela de Caprini para cálculo de risco para TEV

Prevenção

prevenção felizmente é eficazexistindo muitas formas que podem ser utilizadas a depender do procedimento e risco de TEV. Algumas medidas podem ser realizadas em cirurgias eletivas como a suspensão de anticoncepcionais 30 dias antes e parar o cigarro pelo menos 3 semanas antes. A hidratação  inicia-se durante a cirurgia e segue pela ingestão no pós operatório. A deambulação precoce deve ser sempre lembrada. 

Meias elásticas e dispositivos de compressão são aliados cada vez mais frequentes.A meias de compressão são específicas e  vem preparadas para serem colocadas no centro cirúrgicoOs dispositivos de compressão pneumática fazem a compressão intermitente durante toda cirurgia e pós operatório. Estes dois mecanismos melhoram a circulação e estimulam a dinâmica dos fluídos no organismo. 

Os anticoagulantes podem ser administrados, e cada procedimento tem seu protocolo de utilização. Eles podem ser utilizados por via subcutânea, no caso das heparinas de baixo peso molecular, ou via oral através dos inibidores do fator X. O tempo de utilização é variável podendo ser uma única dose até  35 dias como é no caso das próteses de quadril. 

meia antitrombo
Meia Antitrombo
compressao pneumatica
Dispositivo de compressão pneumática

Como são os Sintomas?

Os sintomas são os mesmos de qualquer trombosesendo os mais comuns dor e edema, geralmente unilaterais e podem se acompanhados  de febreescurecimento do membroOutras vezes infelizmente a trombose é assintomática e o primeiro sintoma      é decorrente da embolia pulmonarsendo a falta de ar e tosse mais comunspodendo ter também dor torácia e um pouco de sangue  na expectoração. 

Todo sintoma deve ser parecido deve ser informado imediatamente ao seu médico ou procurar imediatamente um cirurgião vascular. O diagnóstico é feito pelo Doppler Colorido no próprio consultório e o tratamento  iniciado de imediato. 

O ideal é sempre se consultar com um cirurgião Vascular antes do procedimento para extratificar o risco e dar todas as orientações  para prevenção e se necessário o retorno para uma avaliação no caso de suspeita de TEV. 

Video sobre Trombose e Cirurgias
Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

Trombose e Viagens

Trombose e Viagens de Longa Duração

Quando falamos sobre trombose e viagens longas, especialmente feitas de avião, o maior problema é a desinformação ou esquecer de tomar os cuidados básicos. A trombose pode evoluir para Embolia Pulmonar, que em alguns casos pode ser fatal ou pode trazer complicações graves para sua vida. 

Problema!

Meu grande amigo E. M. S, de 54 anos, fez uma longa viagem internacional no começo deste ano de 2020. Teve que retornar às pressas por conta do falecimento de seu pai. Provavelmente por conta do stress momentâneo, não tomou as medidas usuais para evitar a trombose e um ou dois dias depois que chegou no Brasil, foi internado. Felizmente teve um atendimento rápido e uma boa evolução.

Com o aumento do número de vôos regulares, casos como o do meu amigo se tornaram mais frequentes. Aumentaram o número de passageiros nos aviões, aumentando assim a incidência de doenças específicas, entre elas a Trombose Venosa Profunda, ou TEV (Trombo Embolismo  Venoso) como é mais conhecida atualmente. A TEV engloba a Trombose e a Embolia Pulmonar. O meu amigo desenvolveu os dois.

Quando falamos sobre trombose e viagens longas, especialmente feitas de avião, o maior problema é a desinformação ou esquecer de tomar os cuidados básicos. A trombose pode evoluir para Embolia Pulmonar, que em alguns casos pode ser fatal ou pode trazer complicações graves para sua vida. 

Pequenas atitudes são eficazes e por isso te convido a ler o texto abaixo.  

 

Existem medidas para evitar, porém é necessário conhecer, os dois fatores de risco envolvidos. 

Fatores de Risco

1- Por que viagem de avião é mais perigosa? 
  • Hipóxia – o avião tem um aumento de pressão atmosférica 
  • Ar seco –  ar condicionado seca o ar, gerando mais perdas de líquidos, predispondo a desidratação 
  • Posição sentada  os assentos cada vez com menos espaços, dificultando a movimentação das pernas. 
  • Tempo de vôo – risco aumentado após 3 horas de duração, aumentando em 26% a chance de um TEV a cada duas horas 
2- Risco Pessoal 
  • Tabagismo
  • Hormônio: Uso de anticoncepcional, reposição hormonal ou gravidez
  • Sobrepeso ou Obesidade 
  • Cirurgias recentes: menos de 30 dias de pós operatório
  • Câncer ativo 
  • Trombofilias

Como Prevenir?

Hidrate-se: Mesmo com medidas adotadas pela companhia de aviação, como a umidificação do ar seco, a hidratação é um fator indispensável, pois facilita a circulação dos fluidos. 

Evite bebidas que desidratam: Evitar ingestão de álcool é a medida principal. Além de causar desidratação, pode gerar sonolência que diminuirá a movimentação das pernas. Café e chás também oferecem risco. 

Movimente-se: A recomendação é faze00r exercícios de alongamento e caminhada a cada 2 horas.

Meias Elásticas e Medicamentos podem ser utilizados, porém sempre orientado por um Cirurgião Vascular .

Dica exclusiva para quem tem fatores de risco associados: Além das medidas de prevenção, escolha o seu assento no corredor. Existem trabalhos que mostram menor incidência de TEV em quem escolhe estes assentos, provavelmente por facilitar maior mobilização. 

agua alongamento

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Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

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Vídeo explicativo sobre Trombose e Viagens

Dor Ciática pode ser Varizes?

A dor Ciática é muito conhecida. Uma das causas de dor ciática pode ser as Varizes Ciáticas.​

As Varizes Ciáticas ganharam importância na medicina, mais especificamente na especialidade Cirurgia Vascular, há poucos anos. Até então, a literatura continha alguns relatos, mas eram poucos os médicos que conheciam o assunto. Lembro-me bem, ainda como residente do  Hospital do Servidor Público Estadual de SP no ano 2000, uma senhora com varizes nas pernas e relatando uma dor típica ciática que melhorava com castanha da índia (medicamento usado para melhorar a circulação venosa). Confesso que me pareceu estranho e sem sentido, mas um de meus professores me alertou para a possibilidade de diagnóstico de Varizes Ciáticas. Desde então, passei a considerar tal possibilidade sempre que identificava sintomas semelhantes. Havia ainda a frustração médica por não conseguir ajudar muito o paciente, pois eu tinha nas mãos apenas orientações de medidas como perda de peso, prática de exercícios físicos ou uso de meias elásticas.

     Nesta época o diagnóstico era difícil. O ultrassom com doppler colorido estava ainda ganhando força e o tratamento específico ainda estava prestes a aparecer. Felizmente, o quandro desta doença mudou com o avanço do conhecimento no diagnóstico e no tratamento e muitas pessoas passaram a sentir alívio.

Varizes Ciáticas

Varizes do nervo ciático se caracteriza por varizes dentro da bainha do nervo ciático. Podem progredir para parte externa deste nervo e até chegar a superficializar na perna.

Tratamento

O tratamento mais efetivo somente foi conseguido com o aparecimento da Microespuma Densa. Até então, as medidas usuais com meia elástica, flebotônicos e exercícios eram empregadas para certo alívio. 

A Microespuma Densa (espuminha), é uma mistura de polidocanol com ar ambiente, que agitado produzem a espuma (semelhante à espuma de barbear). Este composto reage com a veia produzindo uma flebite química que levará à oclusão da veia resolução do refluxo. 

Vale lembrar que como as varizes ciáticas estão na bainha do nervo, outro método seria muito invasivo e possivelmente danoso. Mesmo utilizando este método, deve-se ter o cuidado de injetar fora da bainha e a espuma percorrerá naturalmente pelas varizes.

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

Eritromelalgia (Eritermalgia)

Vermelhidão, dor em queimação intensa e aumento da temperatura na pele de pés e mãos são os sintomas mais comuns.

 

“Semana passada atendi um retorno de uma moça com eritromelalgia. Ela realmente me chamou atenção, estava extremamente feliz porque estava conseguindo dormir a noite. Após passar por vários médicos sem encontrar algo que aliviasse sua queixa, estava desanimada.  

A queixa de vermelhidão, aquecimento e dor nos pés eram frequentes desde que desenvolveu uma doença auto-imune. Intensificava principalmente a noite, sofrendo com dificuldade de dormir e um grande desconforto.” 

 

Apesar da eritromelalgia ser uma desordem não muito comum, descrita inicialmente por Mitchell em 1878, é necessário o conhecimento deste problema, pois gera muito incomodo e pode ser aliviado com tratamento. 

  Caracteriza-se pela tríade de hipertermia paroxística de extremidades com eritema, dor em queimação intensa e aumento da temperatura cutânea. Acomete, primariamente, pés e mãos, mas também as orelhas, em casos mais raros. Calor excessivo, exercícios físicos, lençol ao dormir e o uso de meias e luvas podem atuar como fatores desencadeantes dos sintomas ou intensificar o desconforto, enquanto o frio provoca o seu alívio. 

  Apresenta um curso crônico, e está associada à diminuição da qualidade de vida. A eritromelalgia é classificada como primária ou secundária.  A forma primária pode ser classificada em: familiar (herança autossômica dominante) ou esporádica, e em início juvenil (antes dos 20 anos, frequentemente antes dos 10 anos) ou adulto. Eritromelalgia familiar de início juvenil está associada a mutações no gene SCN9A que codifica um canal de sódio voltagem-dependente, e é mais frequente no sexo masculino.  Eritromelalgia secundária pode estar associada a várias desordens, tais como: trombocitopenia, policitemia, distúrbios mieloproliferativos, hipertensão arterial, vasculite, lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia, artrite reumatoide, doença de Raynaud, HIV, gota. 

Existem de anormalidades vasculares que resultam em edema endotelial (na célula), com aumento da temperatura e fluxo sanguíneo, hipóxia, agregação e ativação das plaquetas, com liberação de prostaglandinas que produzem eritema e dor. Foi observada também a presença de uma neuropatia de pequenas fibras.  

Seu tratamento inclui drogas que agem na neuropatia, como gabapentina, antidepressivos tricíclicos e inibidores seletivos de recaptação da serotonina, e na vasculopatia, como ácido acetilsalicílico, betabloqueadores e antagonistas de canal de cálcio.

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

Veinhas de Rosto e Vasinhos de Nariz

 

 Veias faciais não desejáveis são muito comuns em homens e mulheres. Podem variar desde capilares finos superficiais até veias saltadas subdérmicas. Muitas vezes existe a necessidade de associar métodos para atingir melhores resultados. Porém antes de começar qualquer tratamento, é necessário uma avaliação para reconhecer se existe algum sinal de um problema mais complexo. Basicamente, classifica-se veias faciais pelo tamanho, profundidade e região situada.  

 

 

 

 

 

Opcões de Tratamento 

As opções de tratamento para veias faciais quase sempre podem ser selecionadas apenas a partir da avaliação visual. Ao pensar em possíveis opções de tratamento, a escolha se dá com base na cor da veia, no tamanho e na profundidade,  com uma pequena consideração em relação ao local. 

O Laser  YAG 1064 e a Luz Pulsada são as melhores escolhas a depender do tipo de veia.

 

Quer Saber Mais: Artigo completo de Veias Faciais

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

Manchas nas Pernas após exercícios

A Púrpura Induzida por exercícios pode ser considerada uma deficiência microcirculatória aguda, com extravasamento de eritrócito (sangue). Ocorre após um exercício prolongado e incomum, como uma maratona, caminhadas longas e sempre em dias quentes. A erupção são placas vermelhas de diferentes tamanhos que surgem na perna inferior, geralmente poupando o maléolo (parte pontuda do tornozelo). Eventualmente, as lesões podem se estender até as coxas. Os sintomas mais comuns além das manchas são:  prurido (coceira), ardência, edema e dor. A recuperação ocorre entre 3-10 dias, dependendo da importância das erupcões. Novas ocorrências são comuns após exercícios similares.  Infelizmente, não é muito conhecido, e pode gerar erros de diagnóstico, como erisipela ou trombose. A prevenção pode ser feita por uma boa terapia compressiva (meia elástica) e uma boa hidratação. Medicamentos flebotônicos (circulação) podem prevenir parcialmente em alguns pacientes, assim como corticóides tópicos antes do exercício prolongado.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quer saber Mais? Purpura Induzida por Exercícios

 

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

CLaCS é destaque em evento online

IMAP LIVE reuniu cirurgiões vasculares do mundo todo para aperfeiçoamento técnico do tratamento que une laser com escleroterapia e reafirmou dado alarmante sobre trombose: “metade dos americanos não têm informação sobre esta doença que ainda mata 100 mil por ano nos EUA”

 

Durante o fim de semana passado participei de um congresso de Flebologia (estudos das Veias) – o IMAP Live, o interessante é que este congresso foi totalmente virtual, a despeito desta pandemia que assola o mundo. Foi dentro de uma plataforma com uma empresa muito experiente em jogos virtuais, a EA Sports. Dentro da plataforma era possível navegar como se estivesse em um congresso físico, com stands, auditório e pessoas circulando. Este, a meu ver é um avanço que com certeza mudou o conceito de eventos científicos no mundo. O evento contou com muitos palestrantes nacionais e internacionais, como Estados Unidos, Alemanha, Italia, Espanha, Argentina, Colombia, India e outros.

Muitos temas foram discutidos, como aperfeiçoamento de técnicas, aparelhos e até possíveis novidades como a cola para varizes. Um tema muito discutido foi o CLaCS ( Crio Laser, Crio Esclerose), técnica desenvolvida pelo Dr Kazuo, brasileiro e divulgador incessante desta técnica que revolucionou o tratamento de varizes no mundo, que substitui a cirurgia de varizes em 86% das pessoas.

Outro tema muito importante e que infelizmente ainda pouco divulgado e esclarecido foi a Trombose. Lógico que com protocolos que foram instituídos melhorou muito, mas segundo dados recentes carecem uma atenção  especial. Nos EUA, cerca de 100.000 pessoas ainda morrem de TEV (Tromboembolismo  Venoso) por ano. Isto, principalmente por causa da desinformação das pessoas. Enquanto as taxas de informação sobre alguma das doenças mais prevalentes estão por volta de 85-90%, TEV está entre 44 – 54%.

 

 

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

TeleMedicina em tempos de Covid

 

Telemedicina ou Medicina a Distância é a comunicação que une a Modernidade, Tecnologia e a Medicina para auxiliar profissionais da saúde e  ajudar pacientes em diferentes formas.

 

Quando surgiu a  Telemedicina?

 

Talvez você pense que a telemedicina esteja ligada a uma consulta realizada a distância, mas esta é somente mais uma forma de telemedicina e a última a ser implantada no Brasil. Durante a pandemia de Covid-19, o CFM (Conselho Federal de Medicina), em caráter excepcional e somente durante a pandemia autorizou esta ferramenta da teleconsulta. Porém a telemedicina já é utilizada desde meados de 1960-70, com surgimento dos computadores e formação de redes interligas. Ou seja,  a telemedicina está intimamente ligada a tecnologia e vem avançando a passos largos desde então.


Harvard – História da TeleMedicnia

Em 1967, o Hospital Geral de Massachusetts foi ligado ao aeroporto da cidade de Boston, com o objetivo de atender qualquer emergência que ocorresse no aeroporto a partir do Hospital. Por outro lado, o Hospital receberia informações básicas de um indivíduo que tivesse um problema grave no aeroporto e precisasse ser levado de ambulância. Esse é um marco importante na história da Telemedicina. A partir desse fato, ocorreram outras experiências isoladas.


Tipos de Telemedicnia

 

Você, provavelmente, já foi auxiliado por alguma das formas de telemedicina. Uma simples troca de mensagem pelo whatsapp, é comsiderada com teleorientação.

 

  • TeleOrientação: como o próprio nome diz, são orientações que seu médico direciona para você a respeito de saúde através de mensagens de SMS, WhatsApp, e-mail ou por telefone.

 

  • TeleDiagnóstico: amplamente utilizada por radiologistas, examesde raio X, mamografias, tomografias e outros, são avaliadas e laudadas a distância com acurácia.

 

  • TeleInterconsulta (conferência): Troca de informações por médicos, muitas vezes estando em diferentes países, que auxiliam no diagnóstico tratamento e até no mesmo momento da cirurgia.

 

  • TeleConsulta: autorizada em caráter excepcional durante a pandemia de Covid-19. Sendo muito utilizada em quase todas as especialidades. Muito útil para quem não tem um médico acessível, grupos de risco ou até para evitar saídas que aumentem a propagação do vírus.

 


Curiosidade: TeleCirurgia – Robótica

A primeira Telecirurgia Robótica foi realizada em 1985, o robô PUMA 560 foi utilizado para guiar durante um biópsia cerebral.  Hoje, a robótica, evoluiu consideralmente e ampliou para muitas especialidades.


Como Funciona e Interconsulta?

 

Consulta médica em que o paciente encontra-se distante fisicamente do profissional de saúde. Apesar das vantagens, essa modalidade ainda não tem uma regulamentação específica no Brasil e é permitida apenas para discussão de casos clínicos entre profissionais da saúde.

Durante a pandemia mundial de Covid-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) abriu uma exceção, permitindo este tipo de atendimento. Neste cenário mundial, a teleconsulta não só é fundamental para manter pacientes, principalmente aqueles em grupo de risco, protegidos em casa, como ajuda a desafogar o sistema de saúde. A consulta online também amplia a oferta de especialistas a comunidades em áreas remotas que têm carência destes profissionais.

A teleconsulta médica é realizada por meio de tecnologias seguras de comunicação online (plataformas que o médico utiliza), como videoconferência ou aplicativos de vídeo-chamadas utilizando computadores, tablets ou smartphones.

As consultas à distância podem ser iniciais (primeiro atendimento), de acompanhamento, urgência ou de supervisão (com a troca de experiências entre profissionais), e precisam ser acompanhadas de um termo de consentimento e realização de um prontuário médico.

Para uma Teleconsulta adequada, são importantes: uma boa conexão de internet, ambiente calmo e silencioso, além de uma boa iluminação. Como toda consulta médica, seja presencial ou a distância, o sigilo médico permanece.

 

 

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

Vale a Pena Tratar as Varizes no Inverno?

 

Varizes e vasinhos saltam aos olhos no Verão, mas existem muitos atrativos para tratá-los no Inverno. Confira as razões! 

Inverno é a época em que muitas mulheres tiram férias de algumas práticas de beleza. Varizes e vasinhos, por exemplo, se escondem embaixo das roupas e é muito comum deixarem o tratamento para depois. Afinal, a sobrecarga do dia a dia, faz postergarem aquilo que não é urgente. Não é mesmo?

Vamos falar a verdade. “O que os olhos não vêem, o coração não sente”, diz o ditado. Será que vale a pena então tratar os vasos indesejados no inverno?

Sim, vale. Vale muito a pena! No verão você sentirá a necessidade de usar shorts, saias ou vestidos mais curtos. Aí sim é quando o caos aparecerá: arrependimento – por que esperei tanto? vergonha ou frustração. Vamos correr para reverter o problema com urgência?

Não. Eis a segunda razão. Já ouviu falar que o corpo do verão você conquista no inverno? A lógica aqui é a mesma. A grande maioria dos casos precisam de várias etapas para encerrar o tratamento e no inverno você terá três meses, incluindo as férias de julho para grande parte da população. Há no imaginário a ideia de que uma sessão de aplicação resolve. Não é verdade. Se você tiver veias mais grossas escondidas, nutrindo estes pequenos vasos aparentes, isso implicará em mais idas ao consultório.

Por isso, o ideal é começar do início e ter paciência. Na avaliação o Dr. vai definir qual, ou quais, são os métodos que irão eliminar as suas varizes ou vasinhos. Em seguida, você agendará o dia para realizar a primeira etapa. Se for cirurgia, tanto a laser quando a Safenectomia, o prazo de espera costuma ser maior – especialmente quando há a necessidade de liberação do convênio. Se for laser transdérmico, espuma ou aplicação, a burocracia é menor, mas em todos os casos há um fator que pode prejudicar o seu tratamento no verão. Todos eles exigem restrição ao sol de até DOIS meses, dependendo do método adotado.

O clima mais fresco também é, em terceiro lugar, um fator positivo para quem precisa usar as famosas meias elásticas. Elas favorecem, em muito, o resultado de alguns tratamentos. Há marcas que oferecem conforto extra, seja por ser mais fina ou por serem feitas com tecido com toque mais agradável à pele. Mas em todo caso, usá-las no verão continua sendo, para muitos, um martírio.

A pele bronzeada, por fim, é uma questão importante que prejudica o tratamento no calor. Ela dificulta a aplicação (secagem de vasinhos) por não deixar tão evidente os vasos menores. Já percebeu que quando você toma sol alguns vasos somem? O bronzeado impede também o uso do laser transdérmico. Neste último caso é necessário esperar o tom de pele ficar mais claro para realizar a sessão.

Vimos portanto que diversos fatores favorecem o tratamento de varizes e vasinhos no inverno. O resultado não é imediato, o sol é sim um problema e o calor incomoda. Então, por que postergar para deixar suas pernas prontas para o verão?

 

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

 

AGENDE UMA AVALIAÇÃO

Frutas Vermelhas para a Circulação

 

Os Alimentos vermelhos de uma forma geral são muito bons para a circulação, como tomate, pimenta e vinho, porém estes falaremos em outra ocasião. Hoje gostaria de mostrar os benefícios das frutas vermelhas e também algumas sugestões de receita.

As frutas vermelhas são conhecidas pela ação anti-inflamatória e anti-oxidante no corpo humano. Os flavonoides que são responsáveis por esta ação circulatória, além de protegerem os neurônios com a sua ação antioxidante e dão um gás para essas células manterem suas conexões (as sinapses).

As antocianidinas são os principais flavonóides destas frutas, que atuam no equilíbrio do colesterol, isto é, na redução dos níveis de LDL, a fração indesejada, e no aumento do HDL, o tipo do bem, além de ajudar a aliviar as reações alérgicas.

Mix de Folhas Verdes com Frutas Vermelhas e Queijo

  • 1 unidade de alface crespa
  • 1 unidade de alface roxa
  • 1 unidade de alface americana

Para o vinagrete:

  • 50gr Framboesa fresca cortada ao meio
  • 50gr Mirtilo fresco cortado no meio
  • 50g Morango fresco cortado em 4
  • 100gr de amora fresca
  • 50ml de vinagre de arroz
  • 100ml de azeite extra virgem
  • Sal e pimenta a gosto

MODO DE PREPARO

Coloque no liquidificador, o azeite, vinagre, amora, sal e pimenta. Depois de bater, coe. Em seguida, misture as outras frutas. Disponha as folhas em uma recipiente, jogue o molho por cima e as lascas de queijo feta (ou queijo de sua preferência).

 

Geléia de Frutas Vermelhas (sem açucar)

Para a Calda:

  • 1 maçã ( de preferência doce)
  • 240 ml de água filtrada

 

Para a Geléia:

  • 250-300g de frutas vermelhas ( frescas ou congeladas)
  • 200 ml de água filtrada
  • ½ limão espremido ( preferência siciliano)

Modo de Preparo:

Pique a maçã em pedaços com a casca junto com a água e coloque para ferver e deixe em fogo baixo até ficar macia. Coe e retorne ao fogo alto. Acrescente a calda as frutas vermelhas, a água e o limão misturando bem. Quando ferver, abaixe o fogo e deixe cozinhar, mexendo ocasionalmente até alcançar o ponto. Coloque em um pote e pronto!

 

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.

 

 

Suco Para Ativar a Circulação

 

 

Suco para ativar a circulação

100 gramas de beterraba
50 gramas de cenoura
50 gramas de espinafre
50 gramas de couve
150 ml de suco de laranja
100ml de água filtrada

Bater no liquidificador com pedras de gelo e pronto.

 

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.