Veias Faciais podem ser tratadas de diversas formas com procedimentos estéticos e cirúrgicos.
Veias faciais não desejáveis são muito comuns em homens e mulheres. Podem variar desde capilares finos superficiais até veias saltadas subdérmicas. Muitas vezes existe a necessidade de associar métodos para atingir melhores resultados. Porém antes de começar qualquer tratamento, é necessário uma avaliação para reconhecer se existe algum sinal de um problema mais complexo. Basicamente, classifica-se veias faciais pelo tamanho, profundidade e região situada.
Saiba como Funciona o Sistema Venoso do Rosto
Rede Venosa da Face
Conheça o Procedimento
ND YAG 1064 ou DYE VL
Classificação das veias com base
no tamanho e profundidade
Teleangiectasias (aranhas ou vasinhos)
São vasos superficiais muito finos. Se vermelhas ou rosadas podem ser artérias com conteúdo maior de oxigênio e fluxo rápido. Se forem azuis ou roxas, são rede de veias com menos oxigênio e fluxo mais lento.
Veias reticulares
São veias que se mostram como linhas verdes, mas sem estarem saltadas. São parecidas com as mesmas da perna. Por elas estarem na camada reticular, respondem muito bem ao tratamento à laser.
Veias subdérmicas
São veias grandes e profundas e aprecem como veias varicosas saltadas. Apesar de não serem como nas pernas, elas se tornam visíveis. Geralmente ficam mais aparentes quando a pessoa sorri, fala ou inclina o rosto para frente.
Classificação das veias com base
na região do rosto
Bochecha, queixo e nariz.
As veias nessas áreas tendem a ser do tipo telangiectasia. Geralmente são vermelhas brilhantes e muitas vezes são arteriais, embora ainda sejam referidas como veias. Podem também serem mais escuras, tendendo para roxo ou azul. Quando mais escuras, tendem a ser maiores e ligeiramente mais profundas. Podem ocorrer individualmente, em pequenos grupos ou se apresentar como uma grande mancha.
Quando estão localizadas na maçã do rosto, podem indicar consequencia de exposição indevida à radiações solares. Isso é diferente de uma “vermelhidão difusa” conhecida como rosácea.
Muitos pacientes apresentam queixas de telangiectasia ao redor do nariz. Esta pode ser individual ou em pequeno grupo. Ela ocorre frequentemente ao redor da asa nasal, na entrada da narina ou no próprio nariz. Quando há um grande número de telangiectasia na ponta do nariz, o nariz pode parecer particularmente vermelho. Esta vermelhidão é frequentemente associada ao consumo excessivo de álcool e por esta razão acaba provocando um constrangimento maior. De fato o álcool pode ser a causa de alguns mas, na grande maioria dos casos, não é.
Áreas periorbitais
Muitos pacientes reclamam de veias reticulares ou salientes nas áreas periorbitais; isto é, ao redor dos olhos – geralmente embaixo ou na lateral. Elas podem ser azuis ou verdes, saltadas ou não. Quando presentes, podem aparecer em um dos olhos ou serem bilaterais.
Tempora (parte lateral da testa)
Veias localizadas nas têmporas têm sido cada vez mais frequentes. Geralmente aparecem com formato semelhante a uma árvore, com uma veia principal se espalhando em outras ramificações. Estas veias vão em direção à uma única veia no canto lateral do olho, pois o sangue está drenando do couro cabeludo para esta veia. O tratamento deve ser conduzido com cautela, pois vale lembrar que o sangue está fluindo por essas veias em direção ao olho, que podem ir para tanto para a veia facial e em seguida para o coração como também podem drenar veias dentro do cérebro. Uma trombose nesta região, embora rara, é um desastre e por isso, escleroterapia não dever ser uma opção e sim o tratamento à laser.
Testa
Veias da testa são quase sempre grandes, retas, consideravelmente abauladas. Elas correm sob a derme e por isso nenhuma cor é visível. Geralmente são únicas, correndo da linha do cabelo para um lugar entre as sobrancelhas. Particularmente incomodam mais as mulheres, principalmente quando tiram fotos, sendo proeminente no calor e quando pacientes estão sorrindo, causando sombras na testa.
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Opcões de Tratamento
As opções de tratamento para veias faciais quase sempre podem ser selecionadas apenas a partir da avaliação visual. Ao pensar em possíveis opções de tratamento, a escolha se dá com base na cor da veia, no tamanho e na profundidade, com uma pequena consideração em relação ao local.
Ao contrário da pele da perna, a pele do rosto é constantemente exposta à radiação ultravioleta do sol e é, portanto, muito resistente à danos térmicos. Como tal, laser transdérmico pode ser usado diretamente para tratar veias faciais com baixa chances de causar queimaduras na pele.
Escleroterapia
Escleroterapia é amplamente usada para tratar veias pequenas nas pernas e corpo, porém em veias faciais, seu uso é controverso, pois uma injeção inadvertida arteríolas pode levar à necrose da pele ou, muito raramente, à cegueira. Como há outras técnicas mais seguras para tratar todos os tipos de veias faciais, não se justifica o uso de escleroterapia. Embora as complicações sejam raras, quando elas ocorrem, podem ser severas.
LASER
LASER
Luz Pulsada Intensa (IPL)
A luz pulsada produze rajadas muito concentradas e bem controladas de luz branca em pulsos. Esta luz branca também inclui alguns comprimentos de onda infravermelhas e ultravioletas, variando de cerca de 400nm até 1200nm [7]. Pode ser escolhido filtros que estreitam esta escala de luz para atingir especificamente os vasinhos que possuem comprimentos de onda de luz ao redor de 500nm. Como os picos de absorção de oxyhaemoglobina (predominantemente encontrada em veias vermelhas) e hemoglobina desoxigenada (predominantemente encontrada em veias azuis) são de 418nm e 542nm, respectivamente, é ideal para telangiectasia facial. Existe uma luz pulsada específica chamada Dye VL, que já vem de fábrica exatamente com estes filtros tornando o tratamento mais eficiente e seguro. Assim, o IPL é ideal para grandes áreas como telangiectasia difusa ou rosácea.
Laser Transdérmico
Para lesões vasculares no rosto, é utilizado um comprimento de onda que é facilmente absorvido por oxihemoglobina ou hemoglobina desoxigenada. O principal LASER utilizado para atingir os vasos da face é o ND:YAG (1064nm).
O tratamento acontece da seguinte forma: o laser aquece a hemoglobina, fazendo com que o calor passe para a parede da veia, destruindo-a. O ND:YAG, por ter um comprimento de onda maior que os demais, penetra profundamente na pele, sendo mais utilizados para veias mais profundas.
Diferentes potências podem ser utilizadas, tornando o laser uma ferramenta muito mais flexível, embora seja necessário que o profissional tenha uma experiência considerável para dominar esta variação.
Como regra geral, se a veia tem cor e não é grande e saliente e como a pele do rosto está sempre exposta à luz solar e é bastante resistente à queimaduras, o laser geralmente pode ser a melhor escolha para o tratamento.
Flebectomia (micro cirurgia)
A flebectomia das veias faciais é tecnicamente difícil e requer uma prática considerável. Esta técnica é muito útil para veias maiores, particularmente nas regiões periorbital, temporal e testa. Em particular, as veias no centro da testa são muitas vezes muito grandes, subdérmicas, e, portanto, não mostram cor. Estas são muito profundas e grandes para Luz pulsada (IPL_ ou laser transdérmico.
Neste caso, é necessário realizar o Ultrassom com doppler colorido para verificar se não há fluxo arterial e garantir que não há anormalidade associada à veia alvo