Como importante aliada no combate às varizes, a técnica CLaCS é mais rápida, moderna e totalmente segura

          Varizes são um problema que atinge 45% das mulheres e 30% dos homens no Brasil e, quando não tratado, pode provocar dor, inchaço, sensação de peso nas pernas, queimação no fim do dia, manchas e até feridas. Se considerarmos os vasinhos (varicoses), pode chegar a 70% das mulheres. O combate às varizes ganhou uma nova aliada, a técnica CLaCS (Cryolaser e Cryoescleroterapia), que combina laser, escleroterapia e jatos de ar gelado na pele. Esta junção do laser com a escleroterapia e aplicação de injeções com o uso de glicose é vantajosa porque, ao inserir esta substância em um vaso tratado a laser há poucos instantes, o medicamento tem seu efeito potencializado dentro do vaso. Isso acontece porque o laser reduz o calibre da veia, tornando o fluxo mais lento e favorecendo a ação prolongada da glicose no local. Na prática, o paciente não necessita de inúmeras sessões para conseguir secar os vasinhos. “Menos tempo de tratamento, resultado melhor e com efeito mais prolongado do que os tratamentos oferecidos até então. Sem contar que a técnica é totalmente segura e sem contraindicação”, garante o angiologista e cirurgião vascular Ronaldo Daudt.

          O equipamento emite raios de luz que penetram no corpo do paciente e agem somente no sangue (dentro das varizes). “Portanto, consegue fechar as varizes, passando pela pele sem danificá-la”, ressalta. A glicose então é aplicada em todas as veias dos pontos tratados a laser, principalmente em locais onde ela ainda está aberta. “Para diminuir o desconforto da dor”, explica o especialista, “durante toda a sessão do CLaCS, utiliza-se equipamento que sopra ar gelado, com temperaturas de até -20º C, sobre a pele. A dormência da pele provocada pelo frio diminui a dor e não traz efeitos colaterais”.

Pernas e face

Realidade aumentada – GPS das veias

          O laser não é invasivo e ainda traz a vantagem de poder tratar as veias tanto nas pernas como na face, em qualquer tipo de pele. O tempo de duração de cada sessão é proporcional à quantidade de vasinhos. Geralmente demora entre 40 e 60 minutos no início do tratamento e diminui gradativamente. Outro fator importante é a utilização da realidade aumentada. Este aparelho localiza a veia para então o laser ser disparado; ele funciona como um GPS, mostrando veias escondidas (chamadas nutridoras). “A olho nu, não é possível tratar estas veias, e esta é uma das principais causas de falha nos tratamentos convencionais”, analisa o médico.

          Desde o início do tratamento é realizada uma ampla documentação fotográfica para que médico e paciente possam acompanhar a evolução, sendo indicada para vasinhos e também varizes menores, substituindo a cirurgia. Os cuidados posteriores são orientados pelos médicos, mas não há restrição além de evitar atividade física no dia da sessão. O tratamento pode ser realizado durante o verão. “Devido à mínima ação do laser sobre a pele, o sol não é contraindicado”, afirma Dr. Ronaldo. 

Assista o vídeo e conheça o método que pode susbstituir a cirurgia em mais de 80% dos casos. 

Dr. Ronaldo Daudt. CRM-PR 29985, Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. Member of Society of Vascular Surgery. Mais de 15 anos de experiência de especialidade.